Fora dos Tatames
A dura rotina de uma atleta de alto rendimento e suas dificuldades
dentro do esporte.
Por: Paulo Machado
Mesmo sendo uma modalidade que
conquista muitas medalhas nos jogos Olímpicos. O judô segue sem grande
reconhecimento, mas isso tende a mudar, pois os canais ESPN em 2018 transmitiram
ao menos 10 eventos do esporte.
Entretanto mesmo ela
representando o Brasil e praticando um esporte popular no país, Bianca sofre
com falta de apoio de empresas, por isso conta com seus familiares e de uma associação,
assim como outros atletas: “Esse ano tenho apoio e represento a associação de Francisco
Morato de Judô e tenho o suporte do meu pai, tios, minha prima que tem uma
clínica de estética e uma academia”, comentou a judoca.
Com diversos títulos e torneio
disputado em sua carreira ela conta quais são os mais importes que já disputou
e ganhou: “Tenho muitas medalhas Paulista em 2011/2017, jogos regionais 2015 e
o torneio country Club Valinhos, esse último era um simples tornei, mas eu
vinha de lesão de muitos desafios e de tempos muito ruins”, explicou Bianca.
imagem retirada de rede social. |
Como todo atleta de alto
rendimento, ela também se priva de muitas coisas por conta do esporte: “Deixo
de comer coisas por ter que bater peso, deixo de sair com os amigos de ir em festa
de família, pois preciso ir treinar ou tenho competição no outro dia”,
comentou. Mas também tenho o lado bom do esporte, a atleta que se espelha no judoca
brasileiro Thiago Camilo e na norte-americana Kayla Harrison, começa a ser inspiração
de outros jovens, pois ela ensina crianças que começam a trilhar seu caminho no
esporte: “Eu amo o que faço, o judô é a minha melhor escolha da vida conheci
pessoas maravilhosas, conheci milhares de lugares. Já chorei, já sorri, já tive
momentos que pensei em desistir de tudo, mas nunca quis deixar de dar aula,
nunca quis deixar de ensinar tudo que aprendi”, declarou Bianca.
Além de ser uma rotina pesada
e precisar de muita disciplina, existe à dureza das competições, que qualquer
erro pode custar o ano todo de treinamento e ela conta que prefere ensinar: “É
mais fácil ensinar, tenho mais dificuldade em competir, pois você treina um ano
para lutar o paulista, por exemplo e se perde uma luta que dura 4 minutos ou
menos se perder por ippon, você perdeu o sonho de um ano inteiro, não tem como
recuperar, não tem volta”, contou à judoca.
O judô é um esporte milenar e
mesmo sendo criado do outro lado do planeta, conquistou muitas pessoas que amam
praticar e acompanha-lo, porém, a falta de visibilidade e apoio assim como em outras
modalidades no Brasil, faz com que os atletas tenham muitas dificuldades em se
manter e ter um alto rendimento. Entretanto, ele mostra que todos que nele estão,
são pessoas que amam praticá-lo e ensinar ao próximo, pois só assim que o esporte
irá continuar crescendo e se desenvolvendo por aqui, já que existe pouco
interesse do Estado e de empresas de grande porte.
A vida nos prega muitas coisas, dificuldades sempre virão, temos que ter muita garra e isso você tem de sobra Bianca.
ResponderExcluirParabéns pela guerreira que você é e nunca desista dos seus sonhos.