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Futebol feminino sendo valorizado


Números apontam que o futebol feminino já é uma realidade na Europa, enquanto no Brasil está apenas no início.
Por Paulo Machado

Cheio de craques o Brasil vêm tentando mudar esse cenário para as mulheres também, grandes mídias estão dando mais importância as competições de futebol feminino, exemplo da TV Bandeirantes, que transmiti o campeonato brasileiro da categoria. Porém, com pouca estrutura nos clubes e nas federações as atletas tem que sair do país para conseguir reconhecimento e também viver do futebol como o caso da atleta do Braga de Portugal, Rayanne Machado de 25 anos.

Em sua segunda passagem pelo futebol português Rayanne, vê a diferença entre as estruturas dos clubes brasileiros e portugueses e diz que: “A estrutura que estou tendo aqui em Portugal é diferente onde só conseguimos ver em poucos clubes no Brasil, e são coisas simples como organização, roupeiro, preocupações com a alimentação e suplementação, a qualidade dos profissionais, a comissão técnica etc...”, explicou a jogadora.
Imagem de arquivo pessoal
A maioria dos clubes europeus são modelos tanto no futebol masculino quanto no feminino, exemplo disso foi à copa do mundo realizada na França, que foi vencia pela equipe dos Estados Unidos, no entanto das oito equipes que jogaram as quartas de finais da competição sete foram representantes do velho continente. E uma das referencias dessa estrutura e seriedade é o Lyon clube tradicional da França, que detém cinco títulos consecutivos da Champions League feminina.

No Brasil, que tem seus grandes clubes engatinhando na modalidade é a contramão disso tudo, uma vez que apenas 15% das atletas trabalham em regime de CLT e o restante recebe apenas ajuda de custo, segundo o levantamento da Folha e isso mostra uma falta de profissionalismo apontado por Rayanne que explica como as estruturas podem melhorar por aqui: “Investimento, e não precisa de muito. Com um pouco de investimento as coisas começam a acontecer e a prova disso são os grandes clubes como São Paulo e o Palmeiras que não tinham futebol feminino e para disputar a série A2 montaram um timaço com grandes atletas, comissão técnica e profissionalismo. O que acontece muito no Brasil é que cobram que sejamos profissionais e não somos tratadas como tal”, salientou a atleta.

Jogando pela segunda vez em Portugal, antes ela havia jogado pelo Cesarense, a brasileira sente como o futebol mudou por lá: “Antes os clubes grandes não tinham equipe feminina e agora estou mais experiente”, comentou a jogadora e ainda falou brevemente como é viver no país lusitano: “Não tenho o que reclamar daqui, um país em que as coisas funcionam você vê seus impostos sendo utilizados para o que realmente deve como saúde, segurança, educação, saneamento, cultura, esporte e lazer”, explicou Rayanne.

O Brasil, sempre teve seu futebol muito valorizado com atletas que recebem muito bem e que vão para o exterior ganhar mais prestigio e dinheiro, porém, as coisas mudam quando falamos do futebol feminino onde não temos um campeonato forte e muito menos atletas que são valorizadas. Diferente dos homens que saem do país para ganhar milhões as mulheres vão jogar no exterior para ter um pouco mais de reconhecimento e para viver de futebol em condições respeitáveis. Enquanto os dirigentes e o público em geral não dar a mesma importância que dão ao futebol masculino, a categoria feminina nunca vai sair do lugar.
 


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