Terra de oportunidades
Destino
pouco escolhido por jogadores brasileiros, à América Latina está sempre pronta
para recebe-los de braços abertos.
Por Paulo Machado
Muitos jogadores brasileiros
não possuem o reconhecimento, ou as oportunidades que precisam para se firmarem
no futebol nacional e por esse motivo muitos saem para tentar uma melhor sorte
em outros países. Somente na América do Sul, cerca de 29 atletas, alguns
jogando na elite dessas ligas, mas na Argentina, Colômbia e Peru não contam com
nenhum jogador do país do futebol na primeira divisão.
Contudo um brasileiro com
passagem por Santos e Juventus da Mocca, vem desbravando à liga de acesso
peruana, trata-se de Bruno Agnello, um dos destaques do Alianza Atlético, da
cidade de Sullana. O país que vem tendo uma mudança no cenário desse esporte:
“É muito nítida a evolução no futebol peruano, desde a campanha que fizeram nas
eliminatórias, até a participação na copa depois de 36 anos. Estão buscando
melhorar o formato dos campeonatos e tentando chegar o mais próximo do padrão
FIFA, além de manter a agremiação forte etc...”, explicou o jogador.
Foto retirada de rede social |
Mesmo sendo um país vizinho, e
de algumas proximidades culturais que facilitam a adaptação, o Peru não aparece
com o principal destino de muitos jogadores brasileiros, talvez seja uma
questão econômica ou penas oportunidade, mas Bruno diz que: “A adaptação não
foi muito difícil, normal como em qualquer mudança de rotina, e as propostas
que sempre tive me agradaram a ponto de aceitar o desafio”, ressaltou o atleta.
E para ele o que mais lhe impressionou no país dos incas foi: “A riqueza
natural e a culinária peruana, que é uma das melhores coisas que já provei.
Para ser sincero me surpreendeu bastante para melhor. Esperava uma coisa e
encontrei um cenário muito diferente. É um país muito bonito”, concluiu.
O brasileiro que está em sua
segunda passagem pelo futebol peruano, antes de jogar pelo Alianza Atlético,
ele havia atuado pelo Universidad Técnica de Cajamarca, clube tradicional do
futebol local: “Depende do ponto de vista. Acho que foi mais fácil da parte
pessoal, mas na parte profissional está sendo um pouco mais difícil, a primeira
passagem foi por um clube de primeira divisão e a segunda por um clube da
divisão de acesso, a realidade é outra”, ressalta.
Mas como todo brasileiro ou
qualquer pessoa que está longe de seu país, tem o desejo de voltar para exercer
sua profissão: “A vontade de jogar no Brasil sempre existe, mas todos sabemos
que é bastante complicado, por questões difíceis de lutar contra, porém, nunca
sabemos do futuro, quem sabe”, declarou o atleta. E ele ainda explicou o motivo
o de não ter conseguido se firmar no futebol nacional, por um grande clube:
“Acho que a falta de oportunidade e sequência em um clube, foi o que faltou...
Também tive uma lesão séria quando estava no melhor momento em um time de
primeira divisão, e isso com certeza foi um agravante na sequência”, explicou.
Apesar das dificuldades, que
ele enfrentou na sua carreira, assim como todo atleta de alto nível o jogador
diz: “Sou muito feliz em tudo que conquistei na minha carreira, lógico que
sempre queremos voar mais alto, alcançar mais objetivos, porém, sou grato por
tudo que pude viver e sigo vivendo no esporte que mais amo, as amizades, o
prazer de realizar meu sonho e de tantas outras crianças no mundo realmente não
tem preço”, salientou o jogador.
Mesmo que seja um esporte
muito popular e acessível para quase todos, o futebol para os atletas
profissionais sempre requer uma adaptação. Além da vontade de mudar e buscar
uma outra perspectiva, como no caso de Bruno Agnello, que mesmo sem conseguir
firmar-se no Brasil, ele conseguiu alcançar isso em um outro país onde a
presença dos jogadores brasileiro é pequena.
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